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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um Léxico Pacificador: Boa Ideia!

Tenho uma amiga virtual mais ou menos recente que compartilhou em seu blog uma experiência pedagógica.

Chamou-me a atenção o tremendo interesse lexicográfico ali implícito. A ideia, de nobre propósito, é facilmente aplicável e tem ótimos resultados a médio e longo prazo. Entendi que o custo seja bem pequenininho, ainda mais em vista de relevantes resultados no combate à violência.

A arma? Palavras. Fiquei imaginando uma profusão de dicionários especiais cujos lemários seriam criados para produzir no utente reações não violentas.

Na década de 80, tive a oportunidade de traduzir do italiano as atas do oitavo congresso mundial de musicoterapia, que acabara então de realizar-se na Itália, por solicitação de uma editora. Acabei nem sabendo se esta tradução foi ou não publicada.

Então, a música tem suas propriedades curativas reconhecidas pela medicina, que inclusive a vem prescrevendo não é de hoje como remédio, um remédio como qualquer outro, como qualquer fármaco à disposição de quem sofre seja lá do que for.

O que é que está faltando então para que pessoas devidamente qualificadas e investidas de autoridade encarem com igual seriedade esse tremendo potencial que há nas palavras e está praticamente inaproveitado como recurso no desesperadamente necessário combate a todas as formas e manifestações da violência? Ou para que a própria experiência da Graça se multiplique por quantos dela tiverem conhecimento e a desejem reproduzir no âmbito educativo bem como em vários outros?

Quantos maridos ainda não descobriram quanta coisa pra lá de óbvia dá pra fazer com suas respectivas mulheres e que é incomparavelmente melhor em qualquer sentido inclusive pra eles mesmos do que bater nelas? Quantos filhos inclusive pequenos estão agora vivendo sob um clima de terror justamente em casa, onde se espera eles tenham amor, carinho, e proteção? E não é só a violência doméstica. Tem a urbana, que vem escalando a níveis dificilmente suportáveis para os cidadãos de boa paz. Em resumo, há violência demais por aí, sim. Todos nós sabemos muito bem disso e muitos de nós realmente queremos que assim não seja. Estamos dispostos a fazer o que for possível? A partir do momento que todos responderem sinceramente sim, isto quererá dizer em termos práticos que foi a violência que perdeu. Boa música, boa conduta, uma boa disposição, boas palavras, vale qualquer coisa desde que funcione, certo?

Se a divulgação da experiência singela e bem sucedida da minha amiga Graça puder servir de referência e inspiração para muitas mais outras iniciativas neste sentido, é de se acreditar que ainda chegaremos a resultados realmente satisfatórios em ponto graudo, algum dia. Faço então a minha parte redirecionando meus leitores ao blog Os Botões de Madrepérola. Nada custa visitar o referido blog e ler o post de que falo em

http://botoesmadreperola.blogspot.com/2009/10/nao-violencia-meu-recado-possui-um-teor.html

Quero ver as palavras cumprirem mais este destino, para o bem das gerações que nos sucederão.